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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu gostava de ser como as papoilas


Eu gostava de ser como as papoilas
De aveludadas hastes e corolas
Ondulando ao vento no meio dos trigais...
Ter a cor do sangue e da esperança
E viver a vida como quem a dança
Sem me importar de enredos ou finais.

Ser papoila ondulando ao vento
Numa seara de trigo em movimento
Ao sabor do tempo e da aragem…
Que bom seria ser como as papoilas
Que apenas têm de ser lindas e tolas
Bailando ao vento a duração desta viagem

Que é a vida, com passado e com futuro! …

Mas as papoilas também sofrem maleitas
E a foice espreita o trigo já maduro
Ao começar o tempo das colheitas...

Foices ao punho de bonitas moçoilas
Que ao cortarem trigo cortam tudo,
Até lindas papoilas, até lindas papoilas…

(Felipa Monteverde)

3 comentários:

Miguel Afonso disse...

Papoilas, flor encarnada
Como a chaga do destino
Na alma dilacerada
Por um castigo divino.

Quisera ser essa flor
Num campo de beijos teus
Onde carinhos de amor
Pousassem nos lábios meus...

Gil Moura disse...

Olá, Felipa!

Gostei muito deste poema.


Um dia irás por certo
Florir neste jardim
Rodeada de papoilas
E perfume de Jasmim.

Beijinhos e bom fim de semana!

Gil

Felipa Monteverde disse...

Muito obrigada aos poetas!...