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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fraqueza

Na fraqueza de um sujeito
Que se sujeita ao que tem
Eu não sei qual o proveito
Qual o mal e qual o bem.

Na angústia de um coração sofrido e dolorosamente sangrando, deposito a lembrança de um amor que não pensei e não sonhei, na quimera indesejada que em solo infértil semeei.

Não quero indiferenças nem sentidos indiscretos que me mostras e ostentas, como um estandarte ou hino que a vida me roubou e a que me atou, nestas negruras de ignorância e providências, sem cautelas nem cuidados nem fragrâncias que o teu falso amor me descobriu e me roubou.

Sofro penas, desamores e descrenças de uma vida sem passado ou redenção sem ter fé ou devoção ou emoção por um amor que não anseio e até rejeito…
E me correm pelo peito seivas que não conheci, de teus ódios, desamores e vinganças com que pagas o amor que te votei e redimi quando entreguei ao que sabia o que ignorava e nunca vi.

Na fraqueza da pessoa
Que se sujeita a alguém
Eu não vejo coisa boa
Não vejo males por bem…

(Felipa Monteverde)

À distância

Moras à distância que te esconde
dos sonhos que não quero
e deixas-me à mercê dos meus sentidos
onde o vento é o meu segredo.

Sei o sopro do amor que te votei
sem pretender ser mais do que devia:
apenas alegria, apenas sensações
bafejadas na sorte que eu não tinha.

Amei-te a um só olhar
perdi meu pensamento no teu rosto...
e calei o meu sentir dentro do peito
que este amor é para mim mais um desgosto…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sede

Às vezes quero conseguir tudo...
Quero chegar longe, viver muito, sentir tudo.
Quero amar e ser amado com paixão...
Ter dias mais longos. Rir com toda a pujança
Conseguir metas seguir sempre em frente com novas metas no horizonte.
É urgente novas metas e novos horizontes....

Vejo-me como peregrino, arquitecto, amigo, aventureiro, amante, discípulo...
Vagabundo do nada...
Sinto-me leve a caminhar nesta terra de desejos, onde a sede volta a acender-se... Onde nada me satisfaz....
Habitar nesta terra faz-me sentir vivo, faz-me encontrar motivos para avançar.
Mas...

Por Sandro

(Retirado de http://comunidadeseeu.blogspot.com )

sábado, 4 de setembro de 2010

Peço à vida em alimento


Peço à vida em alimento
O fogo desta paixão
Onde morri sem lamento
Onde vivo em doação
Pelas fontes da desgraça
Que me impelem a beber
No sangue da sua taça
Na mágoa do seu sofrer.

Esperei por toda a vida
Quem nunca há-de chegar
E esta espera me convida
A deixar de tanto amar
A deixar de querer tanto
Quem não quer ser meu um dia
A calar fundo meu pranto
A morrer nesta agonia...

(Felipa Monteverde)