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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Já não tenho a poesia

Poesia, onde andas
por onde pairas e poisas?
Deixaste o meu coração
por maldade ou ingratidão
e foste pra outras bandas
outros quadros, outras loisas.

Já não tenho a poesia
dentro do peito a pulsar
fiquei de alma vazia
que essa velha vadia
cuidou de me abandonar.

Meu coração desespera
sem poesia, sem alma
sem aquilo que eu era...

Vai-se a vida, lenta e calma
e entra no meu peito a palma
do martírio que eu sofrera
por essa ingrata megera.

Felipa Monteverde

sábado, 5 de novembro de 2011

Junto a uma sepultura


Acautelei a minha alma
para não sofrer por ti
e deixei-me ficar, serena e calma,
rezando as orações que aprendi.

Ajoelhei a Deus, orando
por ti, por nós, por mim…
O tempo vai correndo, está passando
e também eu caminho para o fim.

És tu quem hoje lembro,
és quem me traz aqui…
este altar de tristezas vou correndo
com os olhos que já não choram por ti.

Acendi as velas que comprei
por ti rezei, em ti estive a pensar…
"Feliz aniversário", desejei:
tantos anos de céu! E assim te dei
a ternura que nunca me soubeste dar…

Felipa Monteverde

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aniversário do blog



O meu blog comemora 2 anos!

Ofereço estas flores a todos os amigos e seguidores, com um grande beijo e obrigada pela presença ao longo destes dois anos de atividade.


E a Chica chegou e ofereceu a lembrança! Obrigada!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vi o mar


Vi o mar:
barreira de espuma
que me impedia de avançar;
águas cinzentas, negra bruma
e meus braços já sem forças pra remar.

Vi o mar:
rota imaginária
de um navio de incertezas,
que leva minha mágoa diária
num porão de sonhos e fraquezas.

Vi o mar:
caminho lúgubre e misterioso
lençol feito de lágrimas e água;
feiticeiro e mago, furioso,
que transforma em sargaço a minha mágoa.

Felipa Monteverde