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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Orquídea


Hoje é o Dia da Poesia, em Portugal (no Brasil foi no dia 14). 
Para celebrar a data publico esta poesia, já com alguns aninhos:



Na varanda, eu tinha um vaso
com uma orquídea
que me foi oferecida
mas não fiz caso
e não reguei o vaso.
A orquídea foi à vida.
Que pena! Mas a culpa disto
é de quem me ofereceu um vaso
com uma orquídea
que eu não pedi e não queria.
E como não a queria
não fiz caso
e não reguei o vaso.
Pu-lo na varanda
da mesma banda
para onde brilhava o sol
e foi o que se viu:
o sol brilhou
a terra do vaso secou
e como não foi regada
a flor morreu.
Que pena! Mas a culpa disto
é de quem me ofereceu um vaso
com uma orquídea
que eu não pedi e não queria.
No entanto,
quando novamente florir
vou tentar estar atenta
e dar-lhe de beber
para a flor não morrer.

O vaso continua na varanda.

Felipa Monteverde

quinta-feira, 14 de março de 2013

V ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS



Humildemente confesso que faço parte dos 147 poetas, de 15 países, que integram esta antologia. É para mim uma honra que a minha estreia na publicação em papel se faça juntamente com pessoas que amam a poesia e os livros. 
Tenho pena de não poder estar presente na apresentação mas convido todos os meus amigos que moram por esses lados que vão e tirem fotos, para eu ver :)
A entrada é livre.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Princesa encantada




Vivo presa ao passado
princesa encantada por um mago cruel.
Não sei o que faço nem aonde vou
e o mar dos meus olhos reflete as estrelas dos teus.

Vivo presa ao passado
princesa encantada e cativa de amor
viajo na mente de um mago que sei e conheço tão bem.

Cativa deixei que eu fosse por ti
num encanto que um dia fizeste de mim
princesa encantada que olha ao redor
e as estrelas parecem ser tudo e ser nada.

E o mar dos meus olhos reflete o espaço sem fim
onde escondo as estrelas que um dia espreitei e perdi.

Princesa nasci, por ti encantada
cativa de amor num amor que não tens
viajando na mente de um passado breve
que encanta e cativa e solta e prende.

E o mar dos meus olhos reflete o espectro cruel
de um mago sem dó nem amor por ninguém
que me encanta e me prende em estrelas reais
que me tomam nos braços e me levam de volta
a um tempo em que era princesa encantada e cativa de amor.

Felipa Monteverde