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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ausência

Chamei-te meu amor e era silêncio, na paisagem
dos teus olhos percorri lugares que fantasiei.
Não sei os caminhos que escolhes, sei que o medo
de perder-te faz de mim quem não me sei.

Não conheço a maré que te trouxe à minha praia, o mar
onde navegam os teus sonhos não tem rotas conhecidas.
Meu amor de nenhum tempo, onde a areia onde dormias
onde o barco onde quiseste embarcar?

Já não sei o tempo, o feitio de um amor mais que perfeito
que era sonho e era vida. Chamei-te meu amor e era o medo
silenciando as dores de perder-te, calando as palavras
já mortas e ressequidas além tempo.

Outrora éramos nós, fomos tão nós... tão juntos
tão intensamente unidos... Hoje somos apenas
o silêncio, o cansaço de uma noite, a nostalgia
feita das saudades mais serenas.

Ainda te chamo amor... baixinho, tão baixinho
que nem o meu coração ouve. Perdi-me
no silêncio, na madrugada fria em que adormeço
sentindo-te comigo e tão ausente.

Felipa Monteverde

2 comentários:

chica disse...

Amor grande, saudade profunda, poesia linda! beijos,chica

Ailime disse...

Boa noite Felipa, um poema absolutamente genial. Pura poesia que toca no fundo da alma. Beijinhos Ailime