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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vi o mar


Vi o mar:
barreira de espuma
que me impedia de avançar;
águas cinzentas, negra bruma
e meus braços já sem forças pra remar.

Vi o mar:
rota imaginária
de um navio de incertezas,
que leva minha mágoa diária
num porão de sonhos e fraquezas.

Vi o mar:
caminho lúgubre e misterioso
lençol feito de lágrimas e água;
feiticeiro e mago, furioso,
que transforma em sargaço a minha mágoa.

Felipa Monteverde

6 comentários:

chica disse...

Lindo e cheio de sentimentos esse poema! um beijo,tudo de bom,chica

Ailime disse...

Olá Felipa, bom dia,
Um poema magnífico!
O mar com quem tanto nos identificamos mas que na sua grandeza tanto nos dá como também leva.
Nele se espelha a nossa própria vida.
Um beijinho.
Ailime

chica disse...

Voltei pra te dizer...Temos pinheiros lindos por aqui! beijos,tudo de bom,chica

Utilia Ferrão disse...

Amiga Felipa Obrigada pelo teu comentário no meu blog.

Tentei deixar um comentário no blog da Graça, dizendo que tinha uma participação para o projecto, mas não consegui entrar, nem comunicar em lado nenhum.
A boa vontade não faltou,
Abraço amigo.
Utilia Ferrão.

Mário Margaride disse...

Lindo poema, Felipa, onde as emoções emergem em cada palavra...

Beijinhos e bom fim de semana!

Mário

Juvenal Nunes disse...

Gostaria de lhe responder com um poema

Juvenal Nunes

NAVEGAR

Sonhei vogar...
Nesse país tropical
De boleadas colinas
De paisagem natural
E de curvas serpentinas.

Sonhei vogar...
Percorrendo as manhãs
Perfumadas de boninas.
E do teu ventre nas chãs
Pressinto sons de ocarinas.

Sonhei vogar...
Na mira desse farol,
Bico ereto do teu peito,
Que ofusca a luz do sol
E a cuja sombra me deito.

Sonhei vogar...
Na brenha densa do monte
Que Vénus não desenlaça
E onde se esconde uma fonte
De intermináveis desejos.
Sempre que minha alma passa
Lá cumpre doces festejos.

E desse encontro sagrado
Abico ao teu regaço
Descansando nesse abraço
Meu barco,enfim,ancorado.