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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Solitariamente

Passo os dias a correr,
passagem de ninguém por mim.
Solitariamente permaneço num jardim
onde o tempo vai passando e nada resta.

Nada resta. Absolutamente nada.
Nem o tempo me diz aonde ir
em que esferas gozaria a paz e o sonho.
Passo os dias a correr e a cancela não transponho.

Permaneço aqui, a mente em alvoroço.
Sinto-me no cimo de um poço
de águas frias que tentam agarrar-me.

A maré de pensamentos que agita o
mundo em que me refugio
abala a minha mente de tal forma
que a vivo fora de contexto ou norma.

Nada sai do seu sossego.
Nada entra neste espaço onde sou só eu
nas estradas por onde caminho e passo.

É a maré? É o mundo? É o tempo?
Em que consiste este atulhar de pensamento
em que mergulho e de onde jamais saio,
turvas águas de um poço onde caio?

Assim passam os dias. Passa a vida.
Passa o tempo e nada passa junto a mim.
Eu por cá vou ficando, num banco de jardim
solitariamente cansada e aborrecida.

Felipa Monteverde


4 comentários:

Ailime disse...

Boa noite Felipa, um poema belo saído da sua alma de grande poetisa! Gostei muito. Um beijinho. Ailime

Maria da Luz S. disse...

Por vezes também me sinto assim...

La Gata Coqueta disse...



Me gustaría ser una gota de lluvia,
Para nacer al borde de unos bellos ojos
derramarme por la luz de las mejillas
y romperme en la silueta de los labios,
para iluminarte con una sonrisa cada mañana.

¡¡Un feliz y radiante fin de semana te deseo!!

Atte.
María Del Carmen


Arnoldo Pimentel disse...

A solidão que sempre está perto.Lindo poema, parabéns.