Simone Butterfly foi a grande vencedora do 6º Pena de Ouro, com a poesia "Nos braços de um anjo".
Ela dedicou a todos os participantes esta bela poesia de Mário Quintana:
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
(Mário Quintana)
O meu muito obrigada e muitos parabéns à Simone.
E a Lindalva ofereceu-me este magnífico selo:
Acerca de mim

- Felipa Monteverde
- Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.
domingo, 25 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
Para celebrar o Dia da Poesia
A SILABA
Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação.
Eugénio de Andrade
Toda a manhã procurei uma sílaba.
É pouca coisa, é certo: uma vogal,
uma consoante, quase nada.
Mas faz-me falta. Só eu sei
a falta que me faz.
Por isso a procurava com obstinação.
Só ela me podia defender
do frio de janeiro, da estiagem
do verão. Uma sílaba.
Uma única sílaba.
A salvação.
Eugénio de Andrade
domingo, 18 de março de 2012
Resultados da 2ª fase do Pena de Ouro
Já saíram os resultados da 2ª fase do Pena de Ouro, não passei à fase final mas foi muito bom participar. Agradeço à Lindalva pelo convite e a todos que votaram em mim. Eis os resultados:
E esta era a minha poesia:
Perderam-se as lembranças
Não era uma porta qualquer, era a que
dava acesso ao espaço inabitado do meu peito mas
nunca a quiseste transpor, nunca achaste satisfeito
o desejo de domínio absoluto do teu reino.
Medo ou cobardia, talvez fosse algo
assim entre estes dois sentidos o que
mostravas nas palavras que escondias.
Medo de amar, cobardia em te entregares
e o tempo encarregou-se de apagar
todas as lembranças que eu pedia.
Perderam-se em fragmentos pelo
tempo fora essas lembranças que nunca esqueci
recordações de frases e sorrisos que jamais recebi.
Perderam-se, voaram pelo espaço em que te cri
pelo tempo desse tempo em que ingénua vivi
e nada tenho a recear, nada no meu peito
mostra o quanto precisei de ti.
Perderam-se as lembranças, onde as guardei?
A arca foi roída, carcomida pelas traças
e tudo que eu lembrava se fragmentou
no tempo, amargamente ausente em mim
o amor que te quis dar…
Felipa Monteverde
![]() |
Presentinho da Lindalva |
Os meus parabéns a todos os participantes, boa sorte para os que passaram à final:
Maze
Marilene
Roseli
A estas poetisas juntam-se os três que venceram a 1ª fase, a grande Final começará no dia 20 deste mês.
E viva a poesia!
quinta-feira, 15 de março de 2012
Participo no 6º pena de Ouro...
... e venho apelar ao voto, naturalmente!
Clique no link e deixe um comentário com o seu voto e o link do seu blog.
Mesmo que tenha mais do que um blog só pode votar uma vez por dia (dias 15, 16 e 17).
Se votar na minha poesia agradeço, se não votar não faz mal mas visite esse cantinho poético da Lindalva:
Obrigada
quinta-feira, 8 de março de 2012
Travisto-me
Travisto-me de alegria – eu
que sou a tristeza e a amargura.
A minha alma é pura melancolia
meu espírito ansiedade
o meu corpo vã matéria
a mente a luta contra a insanidade.
E o meu coração a eterna espera
pelo fim desta loucura,
desta insana forma de amar e não amar
de viver e não viver
de lutar, de desistir
de recomeçar e resistir
ao tormento que me obriga
a ser o que não sou nem quero ser.
Felipa Monteverde
que sou a tristeza e a amargura.
A minha alma é pura melancolia
meu espírito ansiedade
o meu corpo vã matéria
a mente a luta contra a insanidade.
E o meu coração a eterna espera
pelo fim desta loucura,
desta insana forma de amar e não amar
de viver e não viver
de lutar, de desistir
de recomeçar e resistir
ao tormento que me obriga
a ser o que não sou nem quero ser.
Felipa Monteverde
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