Talvez todo o tempo do mundo não chegasse
para aquela lagartinha subir o muro. Era
um muro alto. Era uma lagarta pequenina.
Ela iniciou a subida e não se assustou. Nem
com a altura do muro nem com o calor do meio-dia.
Ia subindo, subindo, ligeira na sua lentidão.
Subia, subia. O sol também subia e brilhava.
Lesto aquele pássaro também subiu, procurando
comida. Viu a lagartinha e desceu, acabou-lhe
com a subida. E ela, que nada a assustava,
também não teve medo ao pássaro. Sentiu
simplesmente que se apagou o sol.
Felipa Monteverde
VI ANTOLOGIA DE POETAS LUSÓFONOS
Folheto Edições & Design
1 comentário:
Olá, Felipa. Como vai?
Vim conhecer sua Poesia. Na poesia "Apagão" a lagartinha foi uma destemida, não sentiu medo do perigo que surgiu, em momento algum , a morte foi apenas um "apagão"!
Achei sua poesia linda..., vc é muito criativa ! Parabéns!
Quando puder ,apareça na minha "cozinha" ,que tem receitinhas de Natal!
Ou no Blog do "Casal de Lobos" que às vezes posto alguma poesia!
http://casaldelobos5.zip.net/
http://cozinhandocommary2.zip.net/
Bjs no coração,
Mary Am.
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