quando pego no caderno e não sei o que escrever,
vêm-me à ideia frases como esta: a borboleta poisava
nas flores, devagarinho, querendo conversar…
Nunca soube completar as frases. E não gosto
de borboletas, por causa das larvas que comem
as couves e as plantas. Mas são bonitas, sim, são
agradáveis à vista, embora seja uma beleza efémera.
Que não deixa de ser beleza…
Depois de pensar em borboletas fico sem saber
o que escrever. E se insisto só me saem parvoíces.
Mas são as minhas parvoíces, fazem parte de mim…
Hoje é um desses dias. Peguei na caneta e assim fiquei,
de caneta na mão, a olhar para estas páginas e a
pensar em borboletas. Talvez sinta necessidade de voar…
Felipa Monteverde
(In Selecta Cultural Portugal-Brasil, página 79)
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