torna-se complicado
aceitar a existência de um ente
que vive dentro de nós
indiferentemente.
Indiferente a tudo
que possamos almejar
neste sentido que ascendemos
a esperar.
E
torna-se complicado
torna-se muito complicado
ser azul entre as estrelas
ser pedra no mar salgado.
Não espero
(nunca espero)
saber descomplicar a vida
só me aborrece esta espera
de uma promessa tardia.
E espero.
Indiferente ao teu ser
que vive dentro de mim
sem eu o conhecer.
Felipa Monteverde
2 comentários:
Profundidade na dose certa e a indiferença igualmente.Linda poesia,Felipa!Bom te ler!beijos praianos,chica
E a vida e a poesia confundem-se! Belíssimo poema, Felipa.
Um beijinho. Ailime
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