Não quero o travo salgado
da água do mar na minha pele
quero apenas molhar os pés
e não banhar-me nele.
Não sei nadar.
Ninguém me ensinou, não aprendi.
Para mim, o mar é cheiro a maresia
uma aragem salgada
e uma praia vazia.
Não sei nadar.
Mas nado em pensamento a distância
que me transporta a mil Verões
da minha infância.
E sôfrega mergulho nessas águas
em que a memória me acarinha
e me afaga as mãos já enterradas
numa sepultura que era minha.
O mar
é revolta constante e mensageira
em que mergulho e me afundo
por não saber nadar.
Mas sei que estás à minha beira
reconheço o teu odor e o ruído
do teu respirar na minha mente
onde te quedas sempre tão ausente
e tão cheiro a mar.
Mar
amar e não amar ninguém...
E ninguém me ensinou ainda a nadar.
Felipa Monteverde
3 comentários:
Lindo e bem inspirado! um beijo,tudo de bom,chica
Há sempre um mar de amar à nossa espera...
Parabéns pelo talento poético que revelas a cada poema que leio teu.
Beijos.
lindo demais e me identifiquei pq nunca consegui aprender a nadar, comigo nada mar, nada de amar, he he he
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