Gritei um poema no silêncio e
o ar tornou-se irrespirável, como se
a aurora tivesse renascido em
aragem ou bafo quente saído da minha boca.
Olhei e era o mar
era a praia, as marés
o Verão de um tempo ausente
que deu à costa e morreu.
Gritei um poema... e em silêncio me quedei
a soluçar cantigas, serenatas
de paixões que ninguém sente e
se trauteiam por aí.
E o silêncio era a voz
que no meu peito ainda chama
por aqueles que eram nós...
(Felipa Monteverde)
4 comentários:
O poema está muito bem mas sao poucas as rimas, mas o que interesa é o sentido do texto e que para mim é bom, porque parece que escreves-te porque sentes! Continua assim que vais bem!
Rimas deixaram de ser importantes desde o tempo do romantismo. O que importa é como se recita, e como se escreve.
O sentimento posto é o mais importante, de verdade.
Continue escrevendo Tia Fê, és muito boa nisso!
Abraço.
A senhora é tia do aru? O_o
enfim, obrigada pelo seu comentario e por suas palavras solidarias, o texto não é real e não passa de mais uma viagem ultrarromantica, mas de qualquer forma já passei por uma perda grande e fiz bom proveito de suas palavras.
Lindo seu poema, bons escritores sempre me inspiram (=
bjos!
Muito bom este poema. E a ausencia de muitas rimas, na minha opiniao fez dele mais real. Muita rima -as vezes -superficializa a poesia.
Enviar um comentário