Esta manhã
acordei saudosa das manhãs de Setembro
em que acordava cedo e receosa de que tivesses partido.
A despedida era sempre dolorosa e
por isso não te despedias, abalavas de mansinho
sem que eu pressentisse,
sem que me apercebesse de que
deixavas o meu mundo e partias para o teu,
que me era inalcançável. Que me era
misterioso e tão apetecido como o mar…
Mas
esta manhã acordei com saudades
saudades desse tempo de incertezas, porque
hoje as certezas são previsíveis e eternas.
Hoje sei que partiste e já não voltas, que
jamais regressarás do teu mundo para o meu…
E a minha cama está tão fria e tão vazia do
calor com que o teu corpo me aquecia…
(Felipa Monteverde)
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