Hoje é o Dia da Poesia, em Portugal (no Brasil foi no dia 14).
Para celebrar a data publico esta poesia, já com alguns aninhos:
Na varanda, eu tinha um vaso
com uma orquídea
que me foi oferecida
mas não fiz caso
e não reguei o vaso.
A orquídea foi à vida.
Que pena! Mas a culpa disto
é de quem me ofereceu um vaso
com uma orquídea
que eu não pedi e não queria.
E como não a queria
não fiz caso
e não reguei o vaso.
Pu-lo na varanda
da mesma banda
para onde brilhava o sol
e foi o que se viu:
o sol brilhou
a terra do vaso secou
e como não foi regada
a flor morreu.
Que pena! Mas a culpa disto
é de quem me ofereceu um vaso
com uma orquídea
que eu não pedi e não queria.
No entanto,
quando novamente florir
vou tentar estar atenta
e dar-lhe de beber
para a flor não morrer.
O vaso continua na varanda.
Felipa Monteverde
2 comentários:
Belíssimo poema, Felipa! E tal como o amor que não morre (por vezes parece adormecer), a orquídea vai florescer de novo! Beijinhos e excelente dia da poesia. Ailime
A orquídea se parece com o amor adormece para florescer ainda mais bela. Hoje comemoramos o "Dia Mundial da Poesia" Passe lá no meu cantinho. tem mimo nos dois últimos posts, caso queira aceitá-los. Beijos e um lindo dia para você Felipa.
Gracita
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