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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fraqueza

Na fraqueza de um sujeito
Que se sujeita ao que tem
Eu não sei qual o proveito
Qual o mal e qual o bem.

Na angústia de um coração sofrido e dolorosamente sangrando, deposito a lembrança de um amor que não pensei e não sonhei, na quimera indesejada que em solo infértil semeei.

Não quero indiferenças nem sentidos indiscretos que me mostras e ostentas, como um estandarte ou hino que a vida me roubou e a que me atou, nestas negruras de ignorância e providências, sem cautelas nem cuidados nem fragrâncias que o teu falso amor me descobriu e me roubou.

Sofro penas, desamores e descrenças de uma vida sem passado ou redenção sem ter fé ou devoção ou emoção por um amor que não anseio e até rejeito…
E me correm pelo peito seivas que não conheci, de teus ódios, desamores e vinganças com que pagas o amor que te votei e redimi quando entreguei ao que sabia o que ignorava e nunca vi.

Na fraqueza da pessoa
Que se sujeita a alguém
Eu não vejo coisa boa
Não vejo males por bem…

(Felipa Monteverde)

1 comentário:

Miguel Afonso disse...

Fracos somos todos nós
que submissos nos prendemos
à herança de uns avós
que dos outros escondemos
e se assim nos entendemos
somos nós e sereis vós
que submissos nos prendemos
e calamos nossa voz
pela herança de uns avós
que nunca receberemos...