Tanto que por aqui chove!
A primavera chora, o dia entristeceu
e, na vidraça, a água que escorre
lava sonhos tão cinzentos como o céu.
Olho a chuva, espreitando à janela
e lembro um doce olhar, de mim ausente...
mas presente na noite em cada estrela
que na minha alma se acende.
Primavera de silêncios, de saudades
que a chuva acentua, nostalgia
de sentir presentes outras tardes
e saber ausentes esses dias...
E a chuva que escorre na vidraça
lava sonhos tão cinzentos como o céu,
nostalgia que se instala e jamais passa
na lembrança de um olhar que me esqueceu...
FELIPA MONTEVERDE
Acerca de mim
- Felipa Monteverde
- Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.
quarta-feira, 30 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Ó lembranças de outroras
Ó lembranças de outroras
Mais distantes que nem sei
Por que vindes a desoras
Recordar-me nestas horas
O que jamais olvidei?
Por que voltais ao passado
Que eu já havia enterrado
Junto aos sonhos que matei?
Ai lembranças de outroras
Que tão mal vos ocultei…
(Felipa Monteverde)
Mais distantes que nem sei
Por que vindes a desoras
Recordar-me nestas horas
O que jamais olvidei?
Por que voltais ao passado
Que eu já havia enterrado
Junto aos sonhos que matei?
Ai lembranças de outroras
Que tão mal vos ocultei…
(Felipa Monteverde)
domingo, 13 de março de 2011
Véu de ansiedade
Cai-me, disperso, o véu da ansiedade,
Lua que me desce sobre os ombros...
Primavera escondida nos escombros
De um verso que em minh’alma é metade.
Metade de mim, que o outro meio
Esconde-se entre as rugas do meu seio
Ressequido por séculos de saudade…
Anseio o mar, um céu de estrelas
Nebulosa de sonho e de marfim...
Mas tudo é sombra, tudo é escuro em mim
Nem as flores me querem ao pé delas...
Cai-me, disperso, o véu da ansiedade
E nos ombros sinto este cansaço,
Esta fome de ser mar e espaço
E ser apenas rio de saudade...
Saudade de quê, amor?...
Saudade de ti, de nós, do tempo
Em que amar-te era um resplendor
E estava tão distante este tormento...
(Felipa Monteverde)
Lua que me desce sobre os ombros...
Primavera escondida nos escombros
De um verso que em minh’alma é metade.
Metade de mim, que o outro meio
Esconde-se entre as rugas do meu seio
Ressequido por séculos de saudade…
Anseio o mar, um céu de estrelas
Nebulosa de sonho e de marfim...
Mas tudo é sombra, tudo é escuro em mim
Nem as flores me querem ao pé delas...
Cai-me, disperso, o véu da ansiedade
E nos ombros sinto este cansaço,
Esta fome de ser mar e espaço
E ser apenas rio de saudade...
Saudade de quê, amor?...
Saudade de ti, de nós, do tempo
Em que amar-te era um resplendor
E estava tão distante este tormento...
(Felipa Monteverde)
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