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Poeta por inspiração e imposição da alma... Uma pessoa simples, que vive a vida como se fosse a letra de uma canção, o enredo de um filme, a preparação para uma vida superior, à espera da eternidade e do encontro com o Criador.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Fado da tarde

Um dia, trauteando "Estrela da Tarde", fado cantado por Carlos do Carmo com letra do poeta José Carlos Ary dos Santos, saiu-me isto:

Meu amor, meu amor
minha estrela da tarde
que o luar te não veja
nem o mundo se acabe.

Meu amor, meu amor
quem me dera a certeza
se tu és lua cheia
ou és candeia acesa
meu amor, meu amor
que nem chora nem reza.

Eu não sei, meu amor
se o que digo é tolice
se é mentira ou encanto
se é magia ou doidice
que se fez ou se disse
ou segredo ou quebranto
mas se chegas na tarde
que é tarde e é cedo
e é medo e é pranto
já não sei o que penso
o que digo e o que faço
só que te amo tanto.

Meu amor,
se isto é fado ou bruxedo
é por ti que o canto.

Felipa Monteverde

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Na boca do poeta

Procura as palavras na boca do poeta
lá as encontrarás límpidas e puras.
O poeta conhece todas as palavras que procuras
e quer dar-te o silêncio em que as escreve.
Aceita a sua oferta
como se fosse um ramo de flores:
rosas, margaridas, cravos, as que quiseres
porque és tu quem as colhe nas palavras do poeta.

Felipa Monteverde